domingo, 11 de setembro de 2011

Hiato post-mortem

Me diz que eu posso olhar pra os lados
E falar sem pensar
Que eu posso querer o que quero
Sem me delatar
Esse asco que tens
Meus pedaços de chão
E as flechas vis
Com razão

São tudo que tenho comigo
Me deixa velar
Já estou morta, meu mal, e o castigo
É não poder descansar
Relaxar é alívio
Vai em breve passar
O que resta é seguir
E passar

Diz que vou-me, mas qual!
Esse ponto final
Traz os seus gêmeos
Torra os gênios

Me diz se é errado perder-se em si
De vez em sempre, conta?
Me diz se é errado calar
E parar de sorrir
Pra não ser uma tonta?
Jamais te escondi a razão
Somos fracos, perdão
Mas agora é veneno
Durar um modo que acabou
Congelar o amor
Não é erro pequeno

Luz da mi'a vida, vai
Pra outra vida, ai
Sai do meu peito, lança
Que o que há de vingar
É o melhor da semente
Tira esse medo, anda
E olha pra o que virá...