quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Beyond Kinbaku

Anywhere I wander,
Through silence, I still can feel
The screamings of your body next to mine
Even though there weren't words
And the distance of our worlds
Was bigger than all measures open wide

On our minds,
Who we are?
Who we were?
It is all too far from we can now perceive?
Will the tears that we maintain invisible
See the light that they shine after the pain?

The cold floor, the hot wax
On skin, within the hickeys of your kiss,
A strong rope, intense bites,
Freely captured, paralyzed, but no bliss

They are nothing, 'cause you know that love is war
And it will always be away, afar of the bodies' show
Eyes don't meet, but the vision is clear
Complicity and fear
A hide-and-seek with happiness for a thousand years

Time will fly, no restart,
And the growing luggage wants more space to stay
Clumsy minds, gotta find another tool to notch the lost and forked roads

Gag the precious wishes to survive in-sane
Around the chest, slow and hard, make the soul refrain
Bind a embrace to never be bounded again

sábado, 17 de novembro de 2012

Sonhos de sal

Palavras vazias avançam e recuam
Ressaca na areia surrada
Brilhos mínimos, vidrilhos,
Não valem mais nada entre nós
E o doce som de sua voz
Revela a distância abissal
Que por mui mal aprendi

Tu teces mil redes, encantos e mantos
Recita teus prantos, mais leves que o ar
Distorce tuas faces, reflexo turvo
Em sujeira
Um farol distante, um outro ser errante
Os poros gargalham-se até chorar
Cortinas fechadas, coroas quebradas
Deposto de reino e nome na soleira

Olhos nus avistam um caminho, um porto,
Um marujo a sonhar, absorto,
Penumbra macia envolve o escarlate algodão
As fibras ondeam no baile;
Os dedos cogitam, em braile,
Se há profundeza na rebentação

Teus planos são planos, sem norte e sem cais
Sem desbravamentos, mas falas demais
Um redemoinho
Girando sozinho
Na boca do mundo
Não mapearei além de sua fronte
Se quiser, que me confronte;
Pego o meu leme e sigo sem tua mão

E se o tesouro é ouro de tolo, é naufrágio e lição

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Futuro, captura e gris.

Tons monocromáticos
Leis radioativas
Seres adiabáticos
Era pós-ogivas

LED azul-elétrico
Pisca na avenida;
No sistema métrico,
Uma nanovida

Movimento estático,
Transe em meio ao wireless
Pensamento errático,
Nada agora é priceless

Cavalgar implácido;
Verde luz, tardia.
Vil, venoso e ácido,
Teratocardia

Morbidez estética,
Micro-humanidade,
Referência eclética,
Transitividade,

Transmite à mente
O pulso, curto, críptico,
Romanticamente
Frio, apocalíptico.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Tom sur tom

Não há em livros tais cantares tão castanhos
Quais pedras brutas sob águas da cor de chá;
Névoa comum, magia oculta para estranhos,
A qual ainda separa o teu "cá" do meu "lá"...

Se penso que te alcanço, vejo meu engano;
Retrais e voltas, só queres se divertir!
Tua prenda é o que me prende neste plano
Secreto, cujas razões só existem em si.

Lambuza os dedos, e outra vez contempla o ego
Inflado - sempre foi tratado a pão-de-ló.
A culpa é do tal sentimento alheio e cego
Mas a razão tateia; a honra, acaba o dó.

Ouço falares: "Mil canções eu te dedico,
Por ti percorro longas distâncias a pé"
Eu não estou - se queres alguém, te indico;
Segura o freio e engata a marcha ré.

Tua hipérbole passou da validade,
E ainda assim é repetida, por aí,
A fim de que outras almas tomem por verdade
Palavras vãs, como o sonho que comi.

Para evitar feições tristes, deixo mensagem:
Se queres carnaval, pegue um abadá
E cace desventuras em uma pastagem,
Não espere aqui ter quem te espere num sofá.

Sob o silêncio e o caminhar de madrugada
Eu te reparto em rimas e desprezo o pó
Ao tom que arde o coração da alvorada,
Ígneo e claro; outra vez, renasce, o sol.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Quimeras


Queria que você
Me mandasse calar
Desmentisse tudo o que terminei de falar
Que me acalmasse e
Prometesse pra mim
Que isso iria passar
Que de mim iria cuidar
E que não preciso mais me assustar

Hoje só quero que saibas que

Desejava ouvir tua voz de madrugada
Me dizendo que perdeu o sono pensando em mim
E que eu não precisaria mudar nada,
Percebeu que o melhor era eu me manter assim
Revelando que também sentiu aquele choque
No momento em que toquei tua mão
Quimeras silenciadas por um "não"

Queria, ao partir,
Ouvir tua voz chamar
O meu nome e que me pedisse para ficar
E te contaria
Como foi meu dia
Só para o tempo driblar
E ao meu lado um pouco mais descansar

Relembrando, me recordo que

Desejava partilhar as minhas dúvidas
Ainda que algumas ficassem sem solução
Que você me oferecesse a certeza
De saber que as incertezas eram nossa união
Hoje quero a paz na chuva e acreditar
Que um dia finalmente esquecerei o que senti
Quimeras silenciadas por um "sim"
.....................................................................................

Essa é de meu lindo Igor Araújo, 99% dele, adaptada de seu texto original:
http://www.meumarcapasso.blogspot.com.br/2011/08/querer.html, e cantarei pra ele algum dia.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Na trave

Deita
Rodeada de flores
Coroada, mil amores
Aos pés
Através
Dos poros frios

Cruza as pernas
Se acanha
Faz manha
Pele gelada
Mas de morta não tem nada, viu?

Vem cá, psiu
Me deixa de perna bamba
Serpenteia feito mamba
Sou um bom rapaz
Mas te deixo de perna torta
Absorta assim, entra no meu jogo
Sinta
Finta
Minta

Rola
Os olhares pelas coxas
De outras moças, mas só
Pisca se achou seu "fim"
Aí, sim
E seu alvo

Ri e diz
De soslaio:
"Mas que raio!
Mais um que diz
Ser lacaio de uma e corre atrás de mil"

Vem cá, mocinho
Te concedi uma dança
E baba feito criança
E ainda pesca mal
Rede é pra peixes pequenos
Vê se aprende: sereia é caçada
Lenta
Tenta
Senta

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Ain't a diva

Once I loved, or I thought
That I found the meaning
Of that words in the dictionary
Right next to "love"
But discovered it in a way much damn more harsh
When realized that I hadn't it so much
Bought free to pay dear

Well, he gave some good memories
But only wanted some endorphin
And deep in my soul
Something screamed "It's wrong"
Näiveté, who's really first and least?
When I got the gist of it
There was only a ruined wall
Nothing was built at all

Sorry, I pretended to
Be deaf to your whispering voice
Sorry, but my defenses
Couldn't let me rejoice
"Too much for a little heart and time
Me, myself and I by now, that's fine"

Looked around, smiles in pairs
Swifty affairs, and I still alone
Sweet words heard sometimes
But once it was done, were gone
It always takes a while
To try, to fly and soar free
Felt again like a two-winged bird
Till you landed your eyes on me...

Sorry if I ain't a diva
And my feet are on the ground
Sorry if I can't just
Be hanging a little around
Exchanging food for drugs again
Delusions of "safe and sound"
Now, gotta fight for a home of my own
I'm ice, steel and fire, wanna forge me, come on
Maybe I really am a lame at all
Uncertain, waiting...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Wrong-telling som

This is the time
Don't wanna share
These are the ways
De quem não quer
To fly and drive
It doesn't matter, doesn't matter to where

What is a wish,
A word scattered
What is this rhyme
Echoes upstairs
It's just in time
Não é, não é, não é?

Beijar com os olhos o coração da alvorada
Tirar de entre os lábios aquela carta marcada
Pensar em um mais um e ver
Alguém no chão
Pisar no escuro e solar os sapatos de pele
Ser inseguro e pedir que releve
Sinal vermelho às três a.m.
É contramão, não treme

Trocar as línguas de lugar
Cantar e errar, mal salivar
Too bad it's burning down the throat,
The bridge is burning down

Dá play, rewind, vai gravar
Duas mil palavras pra entornar
Acid streaming, who will care?

The flight is near, the princess is already here
A dragon slayer found on the ground a battery
Look at the moon, call interrupted
Page not found
Shadows and chants, ethereal nets, too late, too late
A perfect square, go to check-in, fourth wall and gate
Screeching nails, forced smile
Go the extra mile

The bridge has gone down
The bridge has burnt down...

Se for melhor, se crê que sim, talvez é nada
Palavra estranha em meio e fim é certeza frustrada
Believe it now, dictionarily faith - it went too far
Walk barefoot, lay at the root, pray for another
Sip of that cream, delightful scream, oh, holy mother
Desafinada, tonteira acaba, vai cantarolar

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Rápido

Passa o tempo e ninguém vê ele passar
Mil posts rápidos
Memes erráticos
Sorrisos mórbidos
Sangue off-line a coagular

Passa o tempo e o desejo só aumenta
Alvos torácicos
Orgasmos plásticos
Amores líquidos
Realidade, uma tormenta

Passa o tempo e tudo impõe o seu valor
Dinheiro elástico
Chamada enfática
Modas erráticas
Vintage, porque já passou

Passa o tempo e passeia com o caos
Almeja elipses
Apocalipses
Torturas tríplices
Vislumbra os passos dos maus

Passa o tempo e a teia não sai do lugar
Ordens decrépitas
Mesmos propósitos
Placebos cínicos
Mais dois mil anos pra rezar

Passa o tempo e olha agora para o alto
Clamores místicos
Politeísticos
Surto epiléptico
E no decorrer, um mudo assalto

Passa o tempo e muda a direção do olhar
Peles de ébano
Fome além d'África
Olha, o Sudário,
Verdade que irá salvar!

Passa o tempo e passa a dialogar
Papéis de gênero
Salário mínimo
Greves efêmeras
Já é carnaval, vamos pular

Passa o tempo e pula pra o conveniente
Belas estúpidas
Bebida e música
Viagens ótimas
Querem farinha aí, minha gente?

Passa o tempo e quebra regras
Nos encara e dá psiu
"Tu, que olhas com desdém,
E julgas olhando a quem,
Devolve as contas a pagar.
Tens o direito de se expressar
Mas não a obrigar outros a
Aceitar o que te convém.
Chamamos "heroi" a quem fez
Ações que mudaram a história,
Mas não tem força esta memória
Pra nos mover, levantar!
Mil cucas, dragões, onis,
Serpentes, zumbis, lobisomens,
São mais fracos que o ardil
Cuja aparência é o homem...
Auto-destrutivo, vil,
Que é do senso de irmandade?
Conformado, acuado,
Iludido pela "verdade"?
Avance cada um em seu passo
E algo sempre pode mudar!
Não importa se nas ruas
Ou sentado em um sofá -
Palavras não voltam vazias
E têm poder pra inspirar!
O pouco que tenho, grito,
Por onde o tempo passar!..."

Passa o tempo e continua o seu tear
Avançam as décadas
Mudam as rédeas
Visões etéreas
Somos livres, podem falar!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Aurora (from A to A)

Aurora, hard I tried to finally see you
Brought some friends of mine
Chatted, waited for the late bus, arrived to be
Dazzled by the place, wow, so damn fine
Eurodance, house, goa-psy-trance, deep-nu
Folk, dubstep, and chill
Gorgeously dancing, picked some smiles to me
How couldn't it be fun? But, still,
I missed someone by my side...
Jaded a little, almost drunk, deep in the groove
Killing myself for memories hard to remove
Love sights, sighs, the hours don't move fast
Moving lights, closing eyelids, at last
Nobody turns me on, what they have they won't share
On their own worlds, so high, with nothing more to care
Planned so many things, damn daily luck, unfair
Queen of hearts and jack don't seem to be the right pair
Resting in the grass, smiling, happy like a dog
Soothe kisses, under the moonlight, lake on fog
Trembling, cold, "Good-morning", duvet, dew and rain
Untied laces, getting hotter, mud and stain
Veridian dream...
Waiting for the next one, without a regret
Xeroxes of tickets carefully kept
You, my muse, a wish reflected on water
Zoom on moon, see you soon, Aurora...

domingo, 29 de abril de 2012

Bedridden


Why, thought you,
Why would you,
Why did you
Came?
To end it soon?
To feel useful?
To fill me with
Shame?

If I can't read
I'll not plead
Guilty or "Good
Game"
Tied on your knot
You now cannot
Even say my
Name

Stop the tease,
Now I see
There's another girl
Time to cease this
And release that
Trash and burn
Nothing but a cutscene
At this week's film roll
Where is the plot twist?
The movie is already over!

If you've got something else to say,
Now's the fucking time
And I pray it's good
Enough to worth my rhyme
Otherwise, keep still, don't call,
Knowing it won't be forgiven
You stay daydreaming
I say "bedridden"

Now...

All the glasses,
Come for me to lick!
They're not as cold,
Nor as quick
Plus they say nothing
But they're mine anytime
Drop the right organs in the right wine
3, 2, 1, action, turn on the lights

Keep still, don't call
Sleep, wipe away the feeling
You, chained, stay dreaming
I say "bedridden"

sábado, 21 de abril de 2012

Penumbra

(Silenciosamente, prossigo em direção à escuridão
De asas abertas.
Tuas luzes raiadas, manchadas e tênues me mostram o caminho;
Porém, eu amo a penumbra
Das pálpebras semi-cerradas
E os lábios fechados ao toque,
Dormideiras que acordam desejos.)

Suspiro por orvalhos madrugais,
Sob a ânsia de ser, ainda, cedo,
Domar os calafrios em frente ao medo
E de querer prolongar tudo um pouco mais.
Se há fresta na cripta, é convite;
Enigmas há para decifrar
E não há coisa que mais me excite
Que os sonhos que se pe(r)dem pra se achar.

E, por mais que pareças impotente,
Monossilábica imensidão,
De asas abertas, silenciosamente,
Prossigo em direção à escuridão
Quem me dirá que são vias erradas?
Irei, louca e cercada em sensatez
Sentir as pálpebras semi-cerradas,
Os lábios fechados em languidez
Tuas luzes, teu caminho, tudo me deslumbra
Mas quero mesmo é mergulhar na tua penumbra...

sexta-feira, 23 de março de 2012

Digitação etérea de uma mente quase sem forças

A tela em branco me incomoda.
A mancha vermelha, também.
A notícia escura, mais e mais.
E caio novamente no azul
De pensamentos sôfregos, porém sufocados e tristes,
As flores amarelas, medrosas, retornam.
Não dou um passo e ainda assim, percorro o mundo inteiro
E ainda assim, é como se não houvesse dado sequer um passo.
São os mesmos problemas, as mesmas injustiças, as mesmas angústias, as mesmas lágrimas.
Será errado sofrer assim, por alguém que está a quilômetros de mim,
Não sabe o meu nome, nem meu telefone?
Se é humano, uma dor inarrável me consome,
E por mais que os ventos levem a memória e a agonia,
Ainda há as marcas das pequenas pedras levantadas do chão, que raspam a pele.
A branca, a vermelha, a escura, a azul, a amarela.
O sangue ainda é da mesma cor,
Ainda gera a mesma dor.
Eu me pergunto até quando o silêncio se aliará ao opressor.
Até sempre, é a resposta que os jornais, as tevês, as pessoas me dão.
Até quando os corpos serão prisões uns dos outros, e as almas, restritas ao que se quer ver.
Se olhar a tela, por muito tempo, a névoa nos cerca;
Vira nossa inimiga, nos impede de ver a verdade, e o que se PODE ser,
E nos satisfazemos apenas com o que se "deve" ser.
Um passarinho me contou que as pessoas devem se ajudar.
Um outro me diz que elas estão em extinção, e que se escondem
Atrás de olhos marejados e distantes,
Camufladas entre prédios,
Mergulhadas entre monstros,
Mendigando sorrisos e palavras pra se alimentar,
Ambulantes, mas jamais perdidas...

A quem, mais do que me ouve e lê, me escuta: dê-me sua mão, enquanto podemos. Invariavelmente, dançaremos sozinhos no final.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Body-to-body

What do you seek on the dancefloor?
Why do you look at me?
I'm smiling and waving my hands
Just for fun
It could be to anyone

You're drawing your eyes from my top to toe
Start walking full of confidence
"Shall we dance?"
Well, your hands say:
"Can I be your one-night romance?"

Don't wanna play this game
It isn't you who's gonna end my thirst
Which you don't wanna know what is
You don't want much more of me

Body-to-body is nothing
What means is far beyond
Body-to-body is nothing
Expectations, come undone
Body-to-body is nothing
But just a way to start
Body-to-body is nothing
Or a way to tear apart
Both of us

Hush, dear stranger
If you want to
Accompany me
If you wanna make me swirl much longer
And gimme some nice time
Show me that you're more than a hunter
Or don't you believe in yourself?
Will I blow kisses to someone else?

Oh, you won't? Then be gone!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Chega!

Bate, assopra, e me diz: "Relaxa"
Não é na tua boca que minha língua se encaixa
Não aja como se soubesse de tudo
Por sua causa meu volume hoje é mudo

Eu admito: já gritei demais
Mas é difícil me manter em paz
Morando com o autismo, com a amargura
A irresponsabilidade e a usura

Vivo com "fome" e me comporto assim
Pois quero alguém que veja além de mim
Mais que um corpo pra se aquecer
E esperar três minutos pra comer

Para cuidar da casa e pagar conta
E deixar a comida sempre pronta
Mas e o meu gosto? Olhe o meu rosto
Nem me descurvo de tanto desgosto

Esse veneno da misoginia
Me cobra e persegue todo santo dia
"Deixe de exagero!" ou "É a TPM!"
Não é você que se encolhe e treme

De nojo, de raiva, e contempla o absurdo
De habitar um mundo cada vez mais surdo
Que minimiza a visão da mulher
Que ainda nem sempre alcança o que quer

Eu ando no escuro e é difícil sonhar
Só encontro pessoas que me fazem andar
Em círculos, ou desprezam tudo o que faço
Olhares e falas pesam o meu passo

Palavras de carinho e frases de amor
Usadas logo antes de pedir um favor
Já chega! Quero poder seguir, marchar
Confiante e forte, eu quero me achar!

Bate, assopra, e me diz: "Relaxa"
Não é na tua boca que minha língua se encaixa
Minha voz sempre pediu socorro
Mas é tratada, às vezes, pior que a de um cachorro

Eu admito: já gritei demais
Mas é difícil me manter em paz
E é por isso que corro demais
Viver ainda vale todo o gás!