quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Frugal

Ao contemplar-me à noite, na rua,
E às nuvens que marcam o caminho da lua
Me lembro do canto
Do riso bem alto
E do pranto que escondo pra que não caia no asfalto

Distrações previnem o trespasse do muro
Que prende as lembranças de um possível futuro
(O suspiro, o tato
O fogo no ato
O tempo, o parto
O desejo retido no porta-retrato)

Amargo, até que eu ande meus passos.
Harpejo a dor que fortalece os laços
Do menino deitado
Com um lobo ao seu lado
O sangue espalhado
Comida no prato
O som que não passa do chão branco do quarto

E dedilho ilusões contidas em sussurros
Com as mesmas mãos que encerram em murros
O orgulho calado
O plano armado
O rótulo colado
O coração atado
O soar do fado
Que relembra a dor que é o ser amado...

3 comentários:

Cadi disse...

Perfeito! Gostei da citação, ficou bem encaixado. Maiores comentários só pessoalmente, né?! Bjão

Anônimo disse...

Interessante... Gostei das imagens. Me chamaram bastante a atenção.

Dedilhar... Harpeios... Hm...

*Idéias*

@kamaroo disse...

Oiiii adorayyyyyyyyyyy *___* nindo nindoooo :D (o/~ tarei sempre aqui dando uma olhada (o/~

Ass kamarooo ;D