quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

To a clown

The show is ended
I put the curtains down to wash
Just in time to see you rush
So, what all of this mean?

Who's the one confused?
I've pulled your mask already over
So much make-up remover
But your face is still not clean

'Cause of you, I broke up in rage
On stage
Slightly after our spring season
You came and cried loud in my bed
And fled
Taking away a part of my reason

The ashes of our fire circle are vanishing
Those words who melted like plastic
And damn myself, caught in believing
In a child doing tricks of magic
Let us throw out your incomplete being
And my memories of hope, who's missing
Let us both go after life

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Acabou

Te ofereci a minha carne
E queimei até dizer chega
Trago as cinzas de um tempo quase cremado
Que hoje espalhas por aí

Meu anjo me mandou cuidar do machucado
Mas às vezes meu canto é sadô-masô
E se expressa com uns espelhos quebrados
E o sangue que vazou

Mas antes nunca do que tarde
A minha intuição não nega
Que o teu olhar distante, vazio, calado
Revelou mais do que você quis

Sonhei e me confinei neste vício errado
De te pintar com cores que não tem
Este cartucho não será recarregado
Amor fiado pra mais ninguém

Demorou
Mas chegou
Agora
É hora de

Purificar o santuário
Fechar o relicário
Sem odor de cerejeiras
Sem gorjeio nas palmeiras
Mudar de vez o calendário
Reescrever o meu sumário
Abandonar vidas brejeiras
E bebedeiras

Acabou o suor
Acabou a dor
Acabou o licor
Acabou você

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Espera e fuga

Perseguição
Que me devora
A energia e o ar
Inspiração,
A mim retorna
Após muito voar
Te esperei
Com muitas lágrimas
Tremor e avidez, chateação
Te encontrei
Em amigos olhares
Muito depois de um "não"

Cansaços mil no dia-a-dia
Trabalho, pão e pano no frio
Ter de enfrentar o calor do cio
Com um muro de razão
A esperança, distante e vazia
De tentar entender, ao menos um minuto
Como há desejo mas não há assunto
O medo emudece o coração

Achei que me distanciando um pouco
Podia calar e deixar rouco
Este desejo de dizer toda a verdade
Acabei deixando a fala ir embora
E sem pensar, por hora
Sem chamar, por vaidade

De admitir que também sou fraca,
Confusa e perdida
Cercada em esmeros
Me preocupei mais com você do que comigo
Eu te chamo de amigo
Mas sei bem o que quero

Perseguição
Que me consola
Tenho um porquê pra andar
Inspiração
Não vá embora
Bem mais que te encontrar
Quero tirar a sua angústia
E que os teus olhos sigam o meu chão
Se a minha visão é o que te assusta
Não serei mais tua confusão
Mas por favor, não fuja, não fuja, não fuja...