Que me devora
A energia e o ar
Inspiração,
A mim retorna
Após muito voar
Te esperei
Com muitas lágrimas
Tremor e avidez, chateação
Te encontrei
Em amigos olhares
Muito depois de um "não"
Cansaços mil no dia-a-dia
Trabalho, pão e pano no frio
Ter de enfrentar o calor do cio
Com um muro de razão
A esperança, distante e vazia
De tentar entender, ao menos um minuto
Como há desejo mas não há assunto
O medo emudece o coração
Achei que me distanciando um pouco
Podia calar e deixar rouco
Este desejo de dizer toda a verdade
Acabei deixando a fala ir embora
E sem pensar, por hora
Sem chamar, por vaidade
De admitir que também sou fraca,
Confusa e perdida
Cercada em esmeros
Me preocupei mais com você do que comigo
Eu te chamo de amigo
Mas sei bem o que quero
Perseguição
Que me consola
Tenho um porquê pra andar
Inspiração
Não vá embora
Bem mais que te encontrar
Quero tirar a sua angústia
E que os teus olhos sigam o meu chão
Se a minha visão é o que te assusta
Não serei mais tua confusão
Mas por favor, não fuja, não fuja, não fuja...
2 comentários:
Quanta dor acumulada... Não sou muito boa intérprete de poemas, mas este conseguiu me tocar, e não foi de uma maneira positiva! :(
É, eu acho que você "pegou" uma idéia do que tava se passando pela minha cabeça quando escrevi. Não é dos meus poemas mais felizes, de fato, mas é melhor expurgar do que deixar as palavras "mofarem" aqui dentro...
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