Tenho o coração nas mãos.
Mais uma vez, à beira-mar,
Sigo os rastros do amor que jamais voltará.
Adeus, deserto em mim, me rendi -
Ó ondas a vagar, possuí.
Será que, por ser barro, e não porcelana;
Ou, no suficiente, profana,
Fugi dos teus ideais?
Minha fragrância não é cotidiana,
Sou dama-da-noite e cigana,
Mais que quaisquer mil roseirais!
Quiseste outra, ó andarilho da neblina?
Meu ventre não é mais, para ti, um descaminho;
Libertaste dos meus seios tua sina!
Viverei qual tempestade e calmaria?
Qual! Seguirei, causando novo desalinho;
Gozarei, tal montadora e montaria!
O líquido que irriga é o que mata.
A chama não retornará intacta.
O que foi tesouro, no coração se esfarela.
O que foi desejo, escorre entre minhas pernas...
Tinha o coração nas mãos. Agora, à beira-mar,
Novas pegadas o irão marcar...
5 comentários:
Esse poema ficou bom pra porra! Curti!
Realmente sumiu um comentário aqui, não foi meu, juro.
Que fique um sacrifício nas chamas dessa alma poética que se erguem cada vez mais altas e mais quentes!
passei o dia revisando texto e acabei escrevendo com erros de português.
releve(m)
ampunheta? XD
Antes de mais nada...
P** NO C* DO ANÔNIMO! kkkkkkk
Quanto ao seu comentário... por que não? ;D
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