domingo, 6 de fevereiro de 2011

Vapor, calor, torpor.

O que se sente não é o que se sente.
Não às confusões.
Rosnamos para a mão que acaricia;
e seu dono urra:
viver é perigoso.

Queremos um dia longo que passe rápido.
Desejamos tudo ao mesmo tempo ontem,
e nos chocamos.
Não somos tão sutis, e tudo é tão intenso.

Sonhamos em ser livres, e mudar pulsações,
mas não queremos o peso delas,
e nem lembrar que um toque pode marcar uma vida.
É leve como um suspiro, e denso como a própria alma.

Ao que se pertence mas não verá jamais,
adeus, adeus! Vão começar tudo de novo.
São só ideias, afinal; é diferente e igual!
Estase, dinheiro, álcool,
estase, bolo, globo, todo,
vírgulas a mil, sem ponto final!

Nós, que torrenciamos ao longe e gaguejamos de perto,
que amamos o escuro mas apenas se temos um porto seguro,
somos loucos.

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