domingo, 4 de agosto de 2013

Desconstrução

Trepou daquela vez como se fosse mágica
Com devaneios mil naquela pele límpida
Tensão e nervosismo em uma expressão plástica
Sorveu o seu suor com um desejo sôfrego
Calou a sua mente em milhões de ósculos
Mordeu os lábios e suas quimeras místicas
Traçou caminhos tortos com seus dedos tímidos
E apontava para aquele membro rígido
Enquanto olhava a face serena e lânguida
A pele arrepiou, ah, que momento único
Desviou o olhar contendo toda lágrima
Unidos de uma forma prazerosa e úmida
Movia o corpo nu como se fosse música
Deixava-se levar como se fosse bêbado
Gemeu e atirou-se em um clima íntimo
Confessou várias coisas que dizia trágicas
Sentou-se e descansou sua coluna sólida

Trepou daquela vez como se fosse bêbado
Com devaneios mil naquela pele sôfrega
Tensão e nervosismo em uma expressão sádica
Sorveu o seu suor com um desejo tímido
Calou a sua mente em milhões de músicas
Mordeu os lábios e suas quimeras lânguidas
Traçou caminhos tortos com seus dedos ríspidos
E apontava para aquele membro úmido
Enquanto olhava a face serena e plástica
A pele arrepiou, ah, que momento trágico
Desviou o olhar contendo toda música
Unidos de uma forma prazerosa e sórdida
Movia o corpo nu como se fosse ótimo
Deixava-se levar como se fosse único
Gemeu e atirou-se em um clima místico
Confessou várias coisas que dizia límpidas
Sentou-se e descansou sua coluna rígida

Trepou daquela vez como se fosse sádico
Sorveu o seu suor com um desejo úmido
Mordeu os lábios e os seus desejos bêbados
Traçou caminhos tortos com seus dedos sólidos
Desviou o olhar contendo toda mágica
Movia o corpo nu como se fosse trágico
Sentou-se e descansou sua coluna plástica

Por este ser pra comer, pra abraçar e dormir,
Emprenhar, deixar nascer, e pra me fazer sorrir,
Por me deixar respirar, vou te deixar existir
Você
Me pague uma cachaça, a graça já engoli
Não tussa essa fumaça, isso é pra fazer sumir
Os absurdos pungentes que a gente tem de ouvir
Deus te ralhe
Se a uma que se enterra é pra carpir e cuspir
Virão dez outras brejeiras pra quem quer se divertir
Deus te ralhe

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Paródia da música "Construção", composta por Chico Buarque.

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