sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Caminhos

Caminhos
Mergulhos em músicas
Feitas por outrem
Todos vão e vêm
Assim, assado e assim
Mais vivos do que nunca
Mas mortos como sempre
Apodrecem, ao pó descem
Todos os vis objetivos
Certo é só o dia
Que castiga mas ilumina
É a sina, e assina
A passagem do tempo
Que ceifa o pudor
o amor
o vigor
o ardor
Chama do coração as memórias
Histórias
Transitórias
Certa é só a noite
Dona das mil metáforas
Onde os gatos viram pardos
Os homens viram bardos
Ilusões alcoólicas
Que muito encerram as cólicas
E deixam diversos fardos
Retratados em músicas
Mergulhos
Caminhos

2 comentários:

Alê Carvalho disse...

Isso me lembra Paulinho da Viola: "Quando chega a madrugada
Meu pensamento vagueia
Com os dedos na viola
Contemplando a lua cheia
Apesar de tudo existe, uma fonte de água pura
Quem beber daquela água
Não terá mais amargura"

(Dança da Solidão)

Tiago e/ou Poliana disse...

Ui ui

Ainda vou musicar uma música dessa mulé!!!!!

O texto envolve você e você só para de ler no fim (contra a sua vontade).

Parabéns moça!


Tiago