quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pseudo-abstêmia

Troco as pernas de lugar
Queria correr feito qualquer moleque
Mas deixa estar
Sinto como se estivesse de pileque
Há um aroma forte por perto
Nem olhe pra mim, é certo
A menos que queira se embebedar

Não sei o que deve pensar
Quando me vê gargalhar sozinha
E cantarolar a mesma ladainha
Mas se quiser me acompanhar, tudo bem
Só deixa esse álcool um pouco mais pra lá, porque

Eu prefiro estar
Sóbria
Porque assim posso aproveitar
O sabor de minha própria loucura
Quem irá apagar
Minha memória
Sou eu, na hora que desejar
Delirar na minha cama ao invés da terra dura

Eu te deixo ver duas formas de mim
É normal
Se começar a ficar longe e bem pertinho
Já é passando mal
Pode até choramingar um pouco no meu peito
E, se tiver que pagar, será de outro jeito, porque

Eu prefiro estar
Sóbria
Porque assim posso aproveitar
A graça da interna loucura
Que irá aflorar
Mil histórias
Do seu eu, na hora que desejar
Delirar na minha cama ao invés da terra dura

4 comentários:

Cadi disse...

A-HA-ZOU!!! Muito bom o poema! Agora seja sincera,aí vai virar letra de música, num é? Se não já é letra, fikdik

Lady Mizu disse...

Já é, negão! ;D

Tiago Bulhões disse...

Essa menina...

Bipolaridade alcoólica? aHUaUHhuA

Curti muito.
O desfecho é muito interessante.

Lady Mizu disse...

Obrigada, Titi! Só eu cobrando pra você ler minhas coisas, né? auHAUhauHAUhuahua