Te ofereci a minha carne
E queimei até dizer chega
Trago as cinzas de um tempo quase cremado
Que hoje espalhas por aí
Meu anjo me mandou cuidar do machucado
Mas às vezes meu canto é sadô-masô
E se expressa com uns espelhos quebrados
E o sangue que vazou
Mas antes nunca do que tarde
A minha intuição não nega
Que o teu olhar distante, vazio, calado
Revelou mais do que você quis
Sonhei e me confinei neste vício errado
De te pintar com cores que não tem
Este cartucho não será recarregado
Amor fiado pra mais ninguém
Demorou
Mas chegou
Agora
É hora de
Purificar o santuário
Fechar o relicário
Sem odor de cerejeirasSem gorjeio nas palmeiras
Mudar de vez o calendário
Reescrever o meu sumário
Abandonar vidas brejeiras
E bebedeiras
Acabou o suor
Acabou a dor
Acabou o licor
Acabou você
3 comentários:
Palmas =D
Dá muito pra musicar isso aí! <3
Ficou lindo demais! Conheço esse sentimento e sei como é difícil jogar fora certas coisas...
:*
Pretendo musicar esse sim, dona Funny! Vários textos eu já escrevo com a melodia na cabeça, se for juntar todos que escrevi assim já dá ao menos 2 CDs! Mas cadê alguém pra me "produzir e divulgar", né? ;D
E valeu pelo feedback, Kazama! Fico muito feliz que você continue me acompanhando!
Beijão procês!
Postar um comentário