Levanto e não acordo
Ando e não caminho
Me vejo e não me olho
Floresço em mil espinhos
E a chuva adivinha a hora do choro, e me escorro.
Moro em mim
Mas meu mal todos os dias me espera à porta
De fora, e pra dentro;
A cada dia, um nome e uma distorção
Ele me condena, pois não o sou
E tento matá-lo por inanição
O que não vejo é o que me vê mais,
tanto na fuga quanto na pausa,
na enorme pausa que me carpa e me planta.
Mas ainda há as tais, aquelas janelas
que me tomam o corpo e dissecam a alma,
e que insistem em não ler os meus sinais...
Tal e qual meu fim, teus olhos, negativo dos meus.
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