Do silêncio, maestra,
E do profundo, rainha,
Mil tesouros retinha,
Um suspiro orquestra.
Fina e fria escultura
De imponência sem par,
Traz o fundo do mar
Num olhar; sem usura,
Simples, usa suas cores;
Nelas, faz se perder
Quem a busca como um ser
Belo e livre de horrores
Azul, brilha no escuro,
Entoa um tom lilás,
E a paz que lhe apraz
São ondas contra o muro
Foge, ó tolo que espera,
Pule já de seu mastro!
Ou mata o amor e seu rastro,
Ou morre em uma quimera...
Um comentário:
Ainda me surpreendo com o jeito sintético de seus poemas.
Bem ritmado, este aí.
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